Depois da aula de
ténis, regressámos a casa e a uns cinco quilómetros… Tudo branquinho! A neve
resolveu visitar-nos…ela estava anunciada e fez questão em vir.
Quando cheguei,
às 16:40 h, já estava assim…! Possivelmente amanhã não haverá escola… se
assim for… divirtam-se!
Balada da neve
Batem leve,
levemente, É talvez a ventania:
como quem chama por
mim.
Será chuva? Será
gente? nem uma agulha bulia
Gente não é,
certamente na quieta melancolia
e a chuva não bate
assim. dos pinheiros do caminho…
com tão estranha
leveza, do azul cinzento do céu,
que mal se ouve, mal
se sente? branca e leve, branca e fria…
Não é chuva, nem é
gente, Há quanto tempo a não via!
nem é vento com certeza. E que saudades, Deus meu!
Olho-a através da vidraça. Fico olhando esses sinais
Pôs tudo da cor do
linho. da pobre gente que avança,
Passa gente e, quando
passa, e noto, por entre os mais,
os passos imprime e
traça os traços miniaturais
na brancura do
caminho… duns pezitos de criança…
a neve deixa inda
vê-los, sofra tormentos, enfim!
primeiro, bem
definidos, Mas as crianças, Senhor,
depois, em sulcos
compridos, porque lhes dais tanta dor?!
entra em mim, fica em
mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.
Augusto Gil